José Edélcio Drumond Alves (1977 a 1981)

Associação fortalecida

Filho de um dos pioneiros da emancipação da cidade e da fundação da Aciapi, José Edélcio Drumond Alves marcou sua gestão como presidente da associação comercial pelo pulso forte e controles rigorosos. Foi o autor do primeiro órgão informativo da entidade e contribuiu ainda para a estruturação do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) de Ipatinga.

RECUPERAÇÃO FINANCEIRA – José Edélcio sempre se preocupou com os registros da Aciapi e, por isso, recebe o título de ter sido o autor do primeiro informativo da entidade. O primeiro porque, na história de uma cidade nova como era Ipatinga, no final da década de 1970, os fatos deveriam ser registrados para posteriormente serem lembrados. “Eu era jornalista e achei que aquele era o meio mais viável. Quando assumi, encontrei uma entidade com dificuldade financeira. Foi um trabalho de equipe. O Raimundo de Oliveira Silva era tesoureiro e conversava com quem devia, e havia um grupo que procurava novos associados para a entidade. Daí houve um crescimento, tal como em um pacto social, aumentando a arrecadação, colocando um tesoureiro de pulso forte, e a gente conseguiu elevar a situação financeira de difícil para mais ou menos”, lembra.

ESTRUTURANDO O SPC – Durante seu mandato, José Edélcio encontrou o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) de Ipatinga totalmente dependente do SPC de Coronel Fabriciano. Foi então que ele conseguiu convencer a diretoria a aprovar o fortalecimento do SPC local. “Entreguei ao Alcebíades Barbosa a missão de conduzir os destinos do SPC, agregado a associação comercial. Foi uma fonte de renda que aumentou o caixa da Aciapi. De forma organizada, constituímos os setores e nomeamos comissões. Eu cobrava o cumprimento das obrigações e desta forma ficou fácil de administrar. Cada um deu o seu sacrifício”, disse.

HERANÇA FAMILIAR – A Aciapi está no DNA de José Edélcio. Afinal, o seu pai, Raimundo Anício Alves, foi um dos fundadores da entidade e sempre acreditou no homem do comércio, no homem da indústria. “Meu pai foi pioneiro em tudo na cidade. Exerceu uma liderança muito grande e tinha um enorme amor pela Aciapi. Sempre acreditei que a construção da sede valorizaria o comerciante e lutei por isso. Adquirir um imóvel em Ipatinga era difícil e o dinheiro estava sendo desvalorizado pelo índice inflacionário. Mesmo assim compramos um imóvel, que depois foi vendido para adquirirmos um outro na Rua Uberlândia, onde foi construída a sede”, recorda.

EXEMPLO DE INSTITUIÇÃO – Para José Edélcio, a Aciapi está em boas mãos e é um esteio de defesa das instituições. É um exemplo de entidade, algo que deve ser seguido. “A Aciapi está enraizada no meu coração, como outras entidades que tive e tenho participação. Converso com as pessoas sobre a associação e o seu valor para a cidade. A minha missão como presidente terminou, mas o amor e a fidelidade continuam firmes. Na época, o meu nome foi criticado porque tomava medidas sérias, comprometidas com o desenvolvimento da classe da cidade. Quem não gosta de receber críticas construtivas? Elas nos ajudam a errar menos. É preciso afirmar que são todos voluntários. E para mim, foi uma vocação que veio da família”, concluiu.