Medidas de decreto que visam compra excessiva de equipamentos de proteção poderão ser revistas

A Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Ipatinga participaram de uma reunião, na tarde de sexta-feira (12), com o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, e o secretário de Governo, Roberto Soares, para tratar sobre o Decreto Nº 9.607, que determina novas regras para o funcionamento do comércio para conter o avanço da covid-19.

De acordo com o artigo 2º do Decreto Nº 9.607, ficou determinado que os estabelecimentos comerciais, industriais e de prestação de serviços deverão disponibilizar material de higiene e equipamento de proteção individual, como protetor facial (face shield), máscaras e luvas; e também deverão utilizar um termômetro digital remoto para proibir a entrada de pessoas com temperatura corporal superior a 37,5ºC.

O presidente da Aciapi, Cláudio Zambaldi, ressaltou que o comércio já vinha passando por crises nos últimos anos que se potencializou com a chegada da pandemia da covid-19, com isso, houve uma redução do quadro de funcionários e muitos estabelecimentos de pequeno porte têm recebido um ou dois clientes por hora ao longo do dia. “Entendemos que não temos fluxo necessário, nem mão de obra ou recursos para seguir todas as medidas do novo decreto. Atualmente, já disponibilizamos o álcool em gel e exigimos o uso de máscara dentro dos estabelecimentos, medidas reguladas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e decretos anteriores. Portanto, entendemos que o uso de outros equipamentos de proteção seriam um excesso e um custo desnecessário no momento. Por fim, agradeço o prefeito por ter nos recebido e entender a nossa realidade”, afirmou.

Segundo o presidente da CDL de Ipatinga, Amaury Gonçalves, após a reunião com o chefe do Executivo, ficou acertado que as medidas do Decreto Nº 9.607, em relação às exigências de equipamentos de proteção, devem ser revistas na segunda-feira (15). “Com isso, pedimos para que os comerciantes, prestadores de serviços e a indústria não comprem por enquanto esses equipamentos de proteção. Vamos aguardar até que ocorra essa revisão do decreto, já que o prefeito entendeu a nossa situação. Gostaria de destacar que os empresários já estão contribuindo e irão continuar contribuindo no controle da doença e na conscientização da população”, concluiu.